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Campanhas municipais 2016: o que fazer no Ceará? #artigolivro

  • Foto do escritor: Aurízio Freitas
    Aurízio Freitas
  • 30 de abr. de 2016
  • 2 min de leitura

Atualizado: 7 de mai. de 2022

Por Aurízio Freitas, Consultor Político.



Observando as últimas três eleições municipais no Ceará (2004, 2008 e 2012), percebo grande evolução na utilização do marketing político. Cada uma das eleições teve suas particularidades e revisitar esse passado recente nos ajuda

a projetar 2016.


Após o uso pontual em eleições anteriores, foi em 2004 que se massificou a pesquisa quantitativa nas eleições cearenses. Ressalto que o interesse dos candidatos à época era muito mais na mensuração de resultados, acontecendo até de alguns se desesperarem pensando ser definitivo algum número negativo apontado pelos surveys. Não havia até então a compreensão de que se faz pesquisa para mudar os resultados que ela aponta, agindo para melhorar ainda

mais os bons resultados e reverter os resultados ruins. Com o uso “obrigatório” das pesquisas nas campanhas abriu-se, ainda que de forma tímida, a procura por profissionais de marketing político para uma análise mais apurada do cenário

eleitoral e, sobretudo, para a construção de ações de crescimento e consolidação das candidaturas. Destaco que a vitória de Lula em 2002 e o fascínio pela estratégia e a propaganda utilizadas em sua eleição tiveram influência

na abertura do mercado local.


Nas eleições de 2008 ampliou-se o mercado para os profissionais da área, cujo trabalho passou a ser visto como diferencial, uma espécie de “arma secreta” das campanhas. Ainda prevaleceu, entretanto, uma visão essencialmente publicitária do marketing, que junto com a pesquisa quantitativa e, como fator novo, a pesquisa qualitativa compuseram o arsenal do marketing político em boa parte

dos municípios.


Em 2012, o que era diferencial tornou-se comum, pois se firmou a ideia de que toda campanha deve ter um “marketeiro”. O mercado expandiu-se muito, dessa vez agregando novos instrumentos e buscando novos diferenciais. O “case Obama” e a crença na internet como novo espaço de comunicação multimídia influenciaram muitas campanhas, como aconteceu também em 2010. O uso de assessorias de imprensa, fonoaudiologia e contabilidade, juntamente com agências publicitárias, escritórios jurídicos e profissionais de marketing político passaram a formar um corpo técnico consistente, principalmente nas campanhas

maiores.


Chegamos em 2016 e o horizonte é de eleições muito competitivas nos municípios cearenses, seja pela disputa acirrada entre grupos políticos estaduais, seja pela turbulência no plano nacional ou ainda pela reforma política versão 2015 que restringiu as possibilidades de comunicação com o eleitor. Além de todo o “acúmulo evolutivo”, destaco que campanhas planejadas com rigor, soluções

criativas e de menor custo em eventos e em comunicação, elaboração técnica do plano de governo, treinamento das equipes e bom desempenho nos debates serão “pílulas” obrigatórias no receituário da vitória.


___________________________________

Fonte: Livro impresso "Diretório ABCOP 2016 - XII Congresso Brasileiro de Estratégias Eleitorais e Marketing Político", organizado e lançado por Carlos Manhanelli em 30 de abril 2016, durante o Congresso em São Paulo, contendo artigos de Consultores Políticos brasileiros. Leia o livro completo em: https://issuu.com/auriziofreitas/docs/livreto_congresso_2016




 
 
 

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